BALADAS E EVENTOS
O que é balada?
ba.la.da sf. 1.Poema narrativo de tema lendário e caráter melancólico. 2. Peça musical para piano, cultivada pelos compositores românticos (Chopin, Listz, etc.). 3. Pop. Canção romântica, para dançar.
Ximenes, Sérgio. Minidicionário Ediouro. 5ª ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 1999.
Ahñ??? Alguém por acaso conhece estas definições para as melhores madrugadas da vida de um jovem?
Piano? Canção romântica?
Francamente, a coisa mais romântica que toca na balada é Shakira. Chopin? Bom, a coisa mais próxima é Methalicca...
Hoje demos à palavra um novo sentido, que diga-se de passagem é bem mais interessante. A balada é uma etapa importante para a vida do jovem. Minha avó se não estivesse doente diria que estamos perversos: “Onde já se viu, essas meninas soltas pela rua, de madrugada, com sainhas curtinhas? E esses rapazes bebendo como mortos de sede no deserto?? Esse mundo está mesmo perdido...”
Balada dá a esperteza que precisamos para estarmos mergulhados neste mundo às avessas. O que seria de nós sem os beijos noturnos, sem os abraços quentes, sem as músicas estourando os tímpanos?
É na balada que descarregamos nossos cansaços, nossos desgostos, nossa falta de bom senso. Na madrugada fria nos aquecemos e na quente pegamos fogo. É o nosso momento mais jovem. Como o mundo está em constante transformação, estamos ganhando responsabilidades cada vez mais cedo, temos uma vida de pseudoadultos e não de jovens. Descontrair para nos tornarmos normais, para sermos jovens de fato.
Você já parou para observar como um jovem que não vai às baladas é um ser a parte do mundo? Ele simplesmente não pode ser considerado normal, deve ouvir Nelson Ned e Angela Maria e ler Sabrina antes de dormir. É o tipo de gente que vê gnomos e morre de medo de bruxas. É um ser quase sempre excluído, o laranja da turma, o zé-tontão. E a primeira balada de alguém assim é uma perdição. Eles querem beber de tudo, dançar com todo mundo e catar qualquer coisa, só para acordar dizendo que beijou na boca.
Estar na balada é bem mais do que sair para se divertir. É curtir os amigos, conhecer pessoas, esbarrar no amor, ser livre por um instante fazendo algo que agrade, deixar a música levar o corpo para um estágio de prazer. O que nunca pode faltar é alegria e responsabilidade. Um bom baladeiro tem direitos e deveres, e deve exigir e cumprir todos eles.
Você não pode achar que a pista é um ringue e sair se achando o Popó, batendo em todo mundo. Deve ser responsável o bastante para curtir a noite com respeito a si próprio, preservando a sua vida antes do uso de drogas e bebidas alcóolicas. É claro que ninguém vai para a balada só para dançar, como não vai só para beijar, mas que nunca seja só para beber, sacou? O bom mesmo é unir o útil ao agradável...
Você chega, mede o ambiente, mira um alvo, toma uma bebida que seja suficiente para você, vai para pista, dança, dança, dança...até que o alvo esbarra no seu ombro e como quem não quer nada, pede aquela desculpa esfarrapada, e basta para você conversar horas a fio, beijar muito na boca e ser feliz pela noite toda. Se rolar a troca de telefones você irá passar a semana inteira esperando o telefone tocar ou irá fazê-lo para não ter que esperar. Mas se foi só aquele momento e nada mais, você terá aprendido alguma coisa com aquele alguém, que usará na próxima balada.
Mas... e se eu não beijar ninguém? Confesso que acho bem melhor não beber nada, mas se você não beijar e daí? Virão outras baladas e um dia, quem sabe, você não esbarre em alguém que também precisa de companhia.
Balada é refúgio do jovem, é a busca da felicidade que esteve oculta durante a dia todo.
E vamos às nossas definições:
ba.la.da sf. 1.Música dançante tocando altamente, para turbinar o sangue. 2. Beijo na boca estilo filme (Pulp Fiction.). 3. Pop. Diversão garantida e prazeres vividos. 4. Adrenalina, corpo pegando fogo. 5. O básico, essencial.
Roxane, Onna. Balada. São Paulo: Spiner.com.br, 2003.
E não vamos esquecer:
1. Nada de drogas, para ser feliz basta sorrir!
2. Se beber não dirija!
3. Se sair da balada acompanhado: CAMISINHA!!!
4. E volte sempre!
Micareta para todos
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Dados registram que a primeira micareta surgiu em meados de 1914, na Bahia, por iniciativa dos blocos Fantoches de Euterpe, Cruz Vermelha e Inocentes em Progresso, a fim de realizarem um segundo Carnaval durante a Páscoa, pois esta festa havia perdido um pouco de seu brilho.
O nome vem de Micareme, originado da belle époque, da França. Nos anos 30 a Micareme foi perdendo sua força e, para que não se perdesse esta festa popular, a mídia lançou uma campanha para mudar o nome, entre os finalistas, Refolia e Micareta, que ganhou por poucos votos a mais.
Aos poucos a festa micaretesca foi ganhando mais espaço e se expandindo por todo país, tornando-se um produto de mídia, que a promove, e marketing cultural, que a patrocina.
Sim, muito interessante a história... Mas, por que para todos?
Há quem jure de pés juntos que não pisa na lama para correr atrás de um trio elétrico. Há quem afirma que axé/samba não é música. Há quem simplesmente ignora que existe micareta. Há quem...:”Micareta? Que isso?”
Pois micareta é muito mais do que um Carnaval fora de época. Micareta é um expandir de alegria, de vida, de saúde. É harmonia. Felicidade.
Há quem defenda as micaretas...
A micareta está dividida em três partes: o camarote, a galera do abadá, e os pipocas. A diferença? O camarote paga muito caro; o abadá é acessível, e os pipocas pagam, mas pagam bem menos. O melhor é que todo mundo curte igual... Ninguém fica do lado de fora.
O melhor é ver o povo animado pulando, gritando, cantando, garantindo a plasticidade da festa. O melhor é ver todo mundo curtindo junto um momento de alegria. É você poder sair de uma balada e dizer que não viu nenhuma briga... micaretero que é micaretero não briga, diverte-se. Porque não combina com micareta a agressão e o baixo astral. Não combina com diferença de classe, e foi feita para todos os estilos.
Mas o som não agrada? Ora, ora... Ser eclético às vezes vale muito a pena... Acho que todo mundo deveria ir a uma micareta pelo menos uma vez na vida só para ver como é bom estar rodeado de alegria. Sabe que está aí um ponto bem engraçado que sempre observo nas micaretas? Micaretero é eclético, até demais... Se entre um trio e outro toca música eletrônica, está todo mundo pulando, se for pagode, rock, pop, erudito... a galera pula igual. Micaretero curte de tudo um pouco, a única coisa que não abraça é o baixo astral.
E sabe o que se pega aos montes em micareta??? BEIJO NA BOCA!!! É o tipo de balada feito para a paquera. Todo mundo quer alguém para abraçar e dar aquelas bitoquinhas prazerosas. Ah, sim... micareta é lugar pra gente solteira, mas quem estiver comprometido pode ir de mão dada, só para curtir o som, aí é para os fãs de carteirinha.
A micareta aceita seu estilo: tênis, sapato, bermuda, saia, camiseta... Nesta balada você pode ir vestido de você mesmo. E, meninas, a melhor para nós é que os cabelos podem ser mantidos arrumadinhos, porque na micareta quase todo mundo usa bandana, você jamais vai se arrepender de ter passado horas fazendo escova e chapinha nas madeixas.
A micareta é a balada do antes, durante e depois. A animação começa no “esquenta”, normalmente nos estacionamentos próximos ao evento; quando o show começa todo mundo já está no pique e nada desanima; depois vem aquela fome... e a micareta invade as lanchonetes e postos de gasolina. Ou seja, é festa para um dia inteiro, micareta começa após o almoço e termina pouco antes do Sol nascer.
O nome vem de Micareme, originado da belle époque, da França. Nos anos 30 a Micareme foi perdendo sua força e, para que não se perdesse esta festa popular, a mídia lançou uma campanha para mudar o nome, entre os finalistas, Refolia e Micareta, que ganhou por poucos votos a mais.
Aos poucos a festa micaretesca foi ganhando mais espaço e se expandindo por todo país, tornando-se um produto de mídia, que a promove, e marketing cultural, que a patrocina.
Adaptado do texto de José Carlos Duarte
www.carnaxe.com.br
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Sim, muito interessante a história... Mas, por que para todos?
Há quem jure de pés juntos que não pisa na lama para correr atrás de um trio elétrico. Há quem afirma que axé/samba não é música. Há quem simplesmente ignora que existe micareta. Há quem...:”Micareta? Que isso?”
Pois micareta é muito mais do que um Carnaval fora de época. Micareta é um expandir de alegria, de vida, de saúde. É harmonia. Felicidade.
Há quem defenda as micaretas...
A micareta está dividida em três partes: o camarote, a galera do abadá, e os pipocas. A diferença? O camarote paga muito caro; o abadá é acessível, e os pipocas pagam, mas pagam bem menos. O melhor é que todo mundo curte igual... Ninguém fica do lado de fora.
O melhor é ver o povo animado pulando, gritando, cantando, garantindo a plasticidade da festa. O melhor é ver todo mundo curtindo junto um momento de alegria. É você poder sair de uma balada e dizer que não viu nenhuma briga... micaretero que é micaretero não briga, diverte-se. Porque não combina com micareta a agressão e o baixo astral. Não combina com diferença de classe, e foi feita para todos os estilos.
Mas o som não agrada? Ora, ora... Ser eclético às vezes vale muito a pena... Acho que todo mundo deveria ir a uma micareta pelo menos uma vez na vida só para ver como é bom estar rodeado de alegria. Sabe que está aí um ponto bem engraçado que sempre observo nas micaretas? Micaretero é eclético, até demais... Se entre um trio e outro toca música eletrônica, está todo mundo pulando, se for pagode, rock, pop, erudito... a galera pula igual. Micaretero curte de tudo um pouco, a única coisa que não abraça é o baixo astral.
E sabe o que se pega aos montes em micareta??? BEIJO NA BOCA!!! É o tipo de balada feito para a paquera. Todo mundo quer alguém para abraçar e dar aquelas bitoquinhas prazerosas. Ah, sim... micareta é lugar pra gente solteira, mas quem estiver comprometido pode ir de mão dada, só para curtir o som, aí é para os fãs de carteirinha.
A micareta aceita seu estilo: tênis, sapato, bermuda, saia, camiseta... Nesta balada você pode ir vestido de você mesmo. E, meninas, a melhor para nós é que os cabelos podem ser mantidos arrumadinhos, porque na micareta quase todo mundo usa bandana, você jamais vai se arrepender de ter passado horas fazendo escova e chapinha nas madeixas.
A micareta é a balada do antes, durante e depois. A animação começa no “esquenta”, normalmente nos estacionamentos próximos ao evento; quando o show começa todo mundo já está no pique e nada desanima; depois vem aquela fome... e a micareta invade as lanchonetes e postos de gasolina. Ou seja, é festa para um dia inteiro, micareta começa após o almoço e termina pouco antes do Sol nascer.
- Dicas importantes
- Nunca leve objetos de valor, como por exemplo celular, não esqueça que você vai pular muito e seus objetos podem voar
- Beba muito líquido, afinal seu corpo precisa repor a energia gasta
- Não esqueça seu abadá, pulseira, cartão convite, sem eles você vai ficar chupando o dedo
- Não esqueça a alegria, porque esta é a palavra de ordem da festa
- Não economize beijos, porque a cara de micareta é a paquera
- Leve sempre uma camisinha com você, afinal... tem muita gente perigando por aí
- Uma cópia autenticada do seu RG é necessário, e conserva o seu original
- Não use drogas
- E por fim, a mesma e velha dica... Se beber não dirija
Onna Roxane