Homossexualidade

 


(por Brad Pághanni)

Conceito de Homossexualidade
 

Há muito, vem se discutindo essa relação - que para muitos ainda estranha. A ciência, a religião e a sociedade em geral analisam muito esse tema, seja na ética, visão social entre outros horizontes.
Mas o que leva a pessoa se apresentar como homossexual para si mesmo e para sociedade? A resposta basicamente ainda não foi encontrada por completo. É muito relativa essa questão. Cada pessoa possui uma criação diferente e um ambiente diferente. São vários os contextos que são estudados para explicação da homossexualidade.
Primeiramente, a palavra "homossexual" - expressa um ser ou uma relação sexual e, ou conjugal entre duas pessoas de mesmo sexo. O prefixo "homo" significa "igual" + sexual = homossexual; assim como, "hetero" significa "diferente" + sexual = heterossexual.
O heterossexual é o ser que possui relações com pessoas do sexo oposto. Isto é, um homem com uma mulher ou uma mulher com o homem. Já o homossexual pode expressar a relação de um homem com homem ou mulher com mulher.
Ainda há também a bissexualidade. O ser que se compreende ou é compreendido como bissexual, possui relações sexuais ou afetivas com pessoas de ambos os sexos, seja mulher ou homem.
O próprio nome já remete à compreensão da palavra, pois o prefixo "bi" - expressa o "dobro", ou o número "dois".
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Homossexualidade e Bissexualidade na Sociedade
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Mais comum do que se possa imaginar. Existem muitos gays, lésbicas e bi que estão entre a sociedade. Frequêntam teatros, escolas, cinemas, boates entre outros locais, mas nem sempre possuem a transparência de sua preferência sexual.
Há um preconceito muito grande em determinados lugares. A influência da Igreja Católica foi a principal promotora para esse decorrer.
Os gays e adjacentes, em determinados lugares, estão ainda, sujeitos a violência, seja ela de várias formas. Já vi pessoas que não se adaptaram a um determinado grupo, como os de escola, porque não se sentem bem com o tratamento que recebem por ser homo ou bissexual.
Já em outros lugares, essa realidade não é a mesma. Os gays em geral são muito bem quisto por muitas pessoas. Não pelo fato de serem vistos como especiais, ou diferentes, mas sim, pelo fato de serem vistos como pessoas normais, que possuem sentimentos e valores, e que também erram, como todos e quaisquer seres humanos.
A diferença de um hetero, homo e bissexual está apenas nos desejos sexuais, que são privados e particulares. São desejos dignos do título inalienável. As pessoas são simplesmente as mesmas. Todos possuem a mesma capacidade de executar bons trabalhos com sucesso, assim como, todos possuem a capacidade de errar, ser bom, ser mau e todos os antônimos.
Socialmente falando, a condição sexual de um ser não interfere em exatamente nada na sociedade. Ou pelo menos, não deveria.
Na faculdade, no emprego, baladas - sempre estaremos sujeitos a encontrar uma pessoa que possuem a condição sexual no contexto gay.
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Casamento Gay
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Em alguns países, o casamento civil entre duas pessoas do mesmo sexo - já está liberado. As pessoas do mesmo sexo possuem o direito de se casar, assim como os heterossexuais, e ainda - ter a guarda de crianças como filhas.
Em alguns países como o Brasil, o casamento de duas pessoas gays no cartório ainda não é permitido. O catolicismo também não é a favor dessas uniões, pelo menos aqui em nosso país. Já em algumas Igrejas Protestantes, o casamento religioso entre duas pessoas gays é visto como normal, pois é uma forma de amar. Os cristãos afirmam que a base do mundo deve ser o amor, e é neste sentido que - o casamento gay na religião é visto como permitido.
Particularmente, acredito que seja um tanto retrógrado se pensar muito nesta questão - uma vez que - existem casais gays que dividem o mesmo lar, compartilham contas, felicidades entre outras responsabilidades que qualquer casal hetero tem ou pode ter.
Só pelo fato de exercerem a arte de viver juntos, o casal gay, na minha opinião - deve sim ter o direito de casamento civil. Seria um tanto injusto dizer que não. Infelizmente a cultura religiosa ainda predomina e estabelece valores morais e sociais dentro de alguns países.
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Homossexualidade na Adolescência
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A adolescência em si para qualquer um é uma fase muito divertida, onde a pessoa se sente livre, pois, não há tantos problemas a serem resolvidos, a não ser os de escola. Excepcionalmente outros problemas para outros casos.
A adolescência pode ser considerada também, uma fase um tanto complicada, pois, é a fase onde a criança começa a ver os princípios da verdadeira responsabilidade.
O adolescente gay é como qualquer outro adolescente. Possui a mesma capacidade tanto para o bem quanto para o mal como todos e quaisquer adolescentes. A diferença é o desejo sexual.
Geralmente, os adolescentes gays assumem o seu desejo sexual para seus pais na faixa dos 16 aos 19 anos de idade, com algumas variações e excessões.
O medo de falar para seus pais sobre a sua opção sexual é muito grande. Essa atitude é feita quando o adolescente já tem certeza de que é aquilo mesmo que ele quer para sua vida. No princípio, por volta dos 12 anos de idade, ele se sente um tanto confuso, mas já começam a aparecer sentimentos e desejos sexuais por outros do mesmo sexo.
Mais tarde esses desejos vão se abrolhando, ficando incontroláveis. A medida em que vai ficando difícil para o adolescente gay entender o que está acontecendo, o mesmo começa a buscar recursos para ver se esse "peso'' na cabeça - se alivia.
O primeiro desses recursos se chama "amigos".
É muito comum os adolescentes gays contar seus segredos primeiramente para seus amigos. Geralmente, quando o menino é gay, ele conta para seu melhor amigo, que também é homem, ou então - acontece o mais clássico: o menino gay conta para sua melhor amiga.
É muito comum ver meninos gays que se relacionam a nível amizade com meninas e não com meninos.
A relação de amizade de um menino gay com outro hetero também não é impossível.
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Primeiras Relações Sexuais
 
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Na grande maioria das vezes, as meninas preferem esperar o momento certo para ter uma relação, seja ela hetero ou gay. Já os meninos querem correr contra o tempo. No mundo adolescente masculino, é como um troféu perder a virgindade mais cedo. Isso por conta da repressão de outros amigos na sociedade.
Os meninos são muito cobrados entre seus amigos. Sinceramente eu não sei explicar a origem desse movimento. Só sei que, se pararmos para observar, hoje em dia, um menino com menos de dez anos de idade já é cobrado pelos seus amigos - com relação ao beijo na boca e a transa.
Muitas vezes um menino supostamente virgem é motivo de zombação entre seus amigos.
No, entanto, é válido ressaltar que, oitenta por cento dos meninos perderam a pureza sexual com outros do mesmo sexo. Não necessariamente sexo anal, ou, oral... Mas, o acto em si, de experimentar o corpo de outro, com o intuito mais curioso possível.
A perda da virgindade entre meninos não se remete necessariamente à atração, mas sim, a curiosidade.
Muitos se masturbam em dupla ou em grupo. Isso é um ato sexual. Não necessariamente uma transa, mas... A palavra "virgindade" está ligada ao conceito da pureza sexual. A partir do momento em que se executam atividades onde essa pureza é deixada para trás, a virgindade é perdida.
Contudo, esses atos homossexuais não expressam o "ser" homossexual.
Os homossexuais possuem além da atração por outras pessoas do mesmo sexo, a capacidade de se apaixonar por pessoas do mesmo sexo.
Essa é a grande diferença entre estar homossexual e ser homossexual.
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Antropologia
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Uma vez, vi no programa da TV Brasil, aqui no Rio de Janeiro, Canal 32, no programa Sem Censura, um professor chamado José da faculdade, se não me engano - UFRJ dizendo que a origem da prática homossexual, nasceu basicamente na pré-história.
Enquanto os homens saíam para caçar, as mulheres ficavam dentro das cavernas cuidando das roupas, comidas e filhos.
Seria mais ou menos essa a origem da homossexualidade prática:
Os homens e as mulheres por estarem isolados uns dos outros, praticavam relações sexuais entre si. A antropóloga Sulei Couto contradiz essa teoria.
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Entrevista com Jovem Homossexual (Fernando Miranda)
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Brad: Qual a sua idade?
Fernando: Vinte.
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Brad: Fernando, com que idade você começou a perceber que não gostava de meninas?
Fernando: Com doze para treze anos de idade, eu percebi que não sentia atraído por meninas. Com isso, concluí que a minha verdadeira atração era por meninos.
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Brad: Quem foi a primeira pessoa que você contou sobre a sua homossexualidade?
Fernando: Contei para uma suposta amiga. Logo depois ela contou para todo mundo. Ela se surpreendeu, mas infelizmente, ela contou para todos sem o meu concentimento.
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Brad: Com que idade foi a sua primeira relação homossexual?
Fernando: Dezesseis.
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Brad: Na maioria das vezes, as pessoas sentem remorso ao transar com pessoas do mesmo sexo. Você sentiu remorso?
Fernando: Não.
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Brad: Mesmo não gostando de mulheres, você já teve fantasias com mulheres?
Fernando: Não.
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Brad: Foi difícil contar para seus pais?
Fernando: Sim. De primeira instância, minha mãe reagiu bem, mas no dia seguinte ela chorou bastante. De todos os modos ela ficou do meu lado.
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Brad: Você se sente diferente perante a outros meninos que são heterossexuais?
Fernando: Não.
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Brad: Já sofreu preconceitos sérios por causa de sua condição sexual?
Fernando: Sim. Na rua não, mas dentro de casa. Meu irmão mais velho demorou para aceitar essa realidade.
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Brad: Com relação à homossexualidade, qual o seu maior medo?
Fernando: Não. Não consigo imaginar riscos.
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Brad: O que mais te atrái em um homem?
Fernando: Ah, eu gosto de tudo (tom engraçado).
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Brad: Com que frequência você pensa em sexo?
Fernando: Pouco.
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Brad: Você já traiu?
Fernando: Sinceramente, não.
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Brad: Você já foi traído?
Fernando: Não que eu saiba.
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Brad: Quem você acha que trái mais? O hetero ou o homo?
Fernando: Vale a indole de cada um. Não acho que a sexualidade seja a influência para tal ato.
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Brad: Como se sente ao levar uma cantada de uma mulher?
Fernando: Não sinto nada. Não me afeta muito. Depende da menina. Se for na "caretona" eu acho até chato, mas já pensei na possibilidade de sair com a menina. Não saí com a menina porque realmente não me atrái.
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Brad: Com que idade você teve o seu primeiro namorado?
Fernando: Quatorze.
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Brad: O que você acha do casamento gay?
Fernando: Os gays são pessoas comuns. Logos possuem necessidades como qualquer outra pessoa. Sexo, amor... E porque não o casamento? Acho que é necessário.
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Brad: Caso você tivesse um filho, como reagiria se descobrisse que ele possui tendência para a transsexualidade?
Fernando: Não tentaria empedir. Iria apoiá-lo, mas conversaria com ele antes para saber se realmente é isso que ele gostaria para vida dele.
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Brad: Você acha que um negro sofre mais, menos ou tanto quanto preconceito a um homossexual?
Fernando: Gay.
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Brad: Você omitiria sua condição sexual em uma entrevista de emprego, e caso contratado, durante todo trabalho?
Fernando: Sim. Dependendo do trabalho sim.
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Brad: Existe algo correlacionado ao homossexualismo que você tenha se arrependido de ter feito?
Fernando: Sim. Sair com um gordinho (tom engraçado).
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Brad: Qual é o mais legal se ser gay?
Fernando: É ter a mente mais aberta para saber que o preconceito é ruim. Com isso, entendo melhor o mundo e não julgo antes de conhecer.
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Brad: Você se compara com uma mulher pelo fato de ser gay?
Fernando: Não. Sou homem como qualquer outro, e não me sinto mulher para chegar a tal ponto. Sou homem que deseja outro homem e mais nada.
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